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A falta de simpatia dos vendedores brasileiros em debate

Devemos agradecer toda vez que chegarmos em um estabelecimento e formos bem atendidos, melhor ainda se formos atendidos com um sorriso. Nem sempre temos essa sorte

09/07/2019 às 08h14 Atualizada em 12/07/2019 às 07h58
Por: Cláudio Bertode
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A falta de simpatia dos vendedores brasileiros em debate

Quando o assunto é a simpatia por parte de nossos vendedores, não há muito o que elogiar do trabalho prestado por esses tão nobres e necessários profissionais do ramo das vendas. Isso é o que mostra uma pesquisa feita pela empresa sueca Better Business world Wide. Claro que mesmo se não houvesse uma pesquisa, teríamos toda uma gama de exemplos para citar de situações que já passamos ou que alguém próximo já nos contou sobre um atendimento nada digno do nosso dinheiro. Quantas vezes, mesmo gostando do produto, já saímos do estabelecimento sem comprar e fomos para outro lugar onde fôssemos melhor atendidos.

O levantamento da Better Business mostra que no quesito simpatia, nossos vendedores ficam em penúltimo lugar, infelizmente, perdemos apenas para o Japão que não sei como conseguem ter vendedores mais carrancudos que os tupiniquins.

No estado de Goiás não é diferente, poucas vezes somos atendidos com um sorriso e poucos vendedores têm paciência com nosso jeito arisco de comprador, jeitinho herdado do nosso lado caipira, queremos sempre os detalhes dos produtos, e mais, queremos um momento de prosa, sim, goianos gostam de se sentirem bem-vindos em ambientes de compras. Somos acostumados a comprar do dono do armazém, que sabe o nome de nossos pais, que possuem filhos nas mesmas escolas dos nossos.

O treinamento de vendedores deveria levar em conta que não temos culpa se nossa evolução para esse mundo urbano de pessoas apressadas e insensíveis, passa por nosso jeito solidário do interior. Claro que não é apenas no quesito simpatia que nossos vendedores deixam a desejar, também pecam no fato de que não estudam o produto que querem vender. Outro fator negativo é quando ficam tentando enfiar gato por lebre, é preciso tentar atender ao que o cliente pediu, nada de tentar vender uma camiseta estampada para um comprador que pediu uma camiseta sem estampas.

Vamos torcer e esperar que os próximos treinamentos de vendedores atendam a demanda do nosso mercado que é pessoas mais simpáticas, que saibam o produto que estão vendendo e que busquem sempre com um sorriso atender ao que o cliente foi até ali buscar. E quando não conseguir fornecer o produto que o cliente deseja, ao menos seja cordial, não precisa fechar a carranca quando alguém disser que não está interessado em comprar o que foi mostrado.

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