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PROFESSORES DA REDE ESTADUAL PROTESTAM CONTRA NÃO PAGAMENTO DE SALÁRIOS

Faixas, cartazes e muitas vozes indignadas...

17/01/2019 às 19h05 Atualizada em 10/09/2020 às 15h58
Por: Cláudio Bertode
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PROFESSORES DA REDE ESTADUAL PROTESTAM CONTRA NÃO PAGAMENTO DE SALÁRIOS

 

As ruas de Goiânia foram invadidas por protestantes nessa tarde de quinta-feira (17.01)

Professores da Rede Pública Estadual de diversas cidades de Goiás foram para as ruas da Capital para protestar contra o não pagamento dos salários do mês de dezembro.

 

 

A manifestação ocorreu após as últimas declarações de Caiado e sua equipe de que só dará posição sobre o pagamento de dezembro em março, e ainda não sabe dizer como ficará o parcelamento dos salários dos servidores. 

O grupo fez duras críticas ao SINTEGO, inclusive coletaram contribuições entre si para cartazes, lanche, passagens. Muitos defendem uma campanha de desfiliação em massa do sindicato, que segundo eles não representa nem defende o direito dos profissionais da educação.

Até agora o sintego tem se mantido apático e agido de forma branda enquanto os profissionais da educação estão sem salários. Mesmo sem nenhuma posição concreta do Governo Caiado, os dirigentes do Sindicato mantêm uma posição que causa insegurança nos trabalhadores, enquanto outros sindicatos entraram com ações na justiça, pedindo o pagamento imediato, o “Sintego finge que as reuniões estão avançando rumo a solução”, argumentou uma professora. 

 

O SINTEGO:

 

 

 

 

Em nota, o SINTEGO, Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado de Goiás, afirma que os professores que estão manifestando são independentes e que o sindicato não apoia o movimento. Segundo os dirigentes, o melhor passo são as reuniões com o Governo para buscar solução. A presidente, professora Bia, argumenta que o Sindicato tem feito tudo que dá para fazer na atual circunstância. 

 

REUNIÃO DO SINTEGO COM SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

 

 

 

A seguinte postagem foi feita esta tarde na página do Sindicato: 

 

Membros da diretoria do Sintego participaram na manhã desta quinta-feira (17) da primeira audiência de 2019 com a secretária de educação, Fátima Gavioli, na sede da Seduce, em Goiânia. Na ocasião, foram tratadas pautas específicas da categoria, como a aplicação dos recursos da Educação, a criação de um Fundo Estadual da Educação, a convocação de concursados, a municipalização das séries iniciais de 1° ao 5° ano e a necessidade de se pagar o piso para todos/as os/as professores/as, incluindo os/as temporários/as. 

Durante a reunião ficou decidido que o Sintego participará da comissão que discutirá o reordenamento de rede, que, segundo a presidenta do sindicato, Bia de Lima, se faz necessário do ponto de vista racional, financeiro e do respeito com a comunidade escolar. 

“Queremos participar da discussão do reordenamento de rede, essa questão deve ser acompanhada de perto. Precisamos saber quais são os critérios utilizados. Que seja discutido individualmente cada situação, para que sejam planejadas de uma forma melhor, para as pessoas não serem pegas de surpresa”, afirmou Bia. 

O Sintego reforçou com a secretária a necessidade da realização de concurso público para professores/as e administrativos/as em Goiás. "A realização de concurso público é fundamental para o desenvolvimento da Educação no estado. O déficit de profissionais na rede chega a 22 mil. Estamos com a carreira desfalcada, precisamos de mais profissionais efetivos na rede estadual", disse Bia de Lima, que gostou do posicionamento da secretária. Segundo a presidente do Sintego, a professora Fátima Gavioli se apresentou favorável e buscando condições, pois não há concurso públicos para cargos administrativos na Educação há mais de 20 anos. Já para professores/as, são mais de nove anos sem certame. 

Outra questão apresentada à Fátima Gavioli foi o vencimento dos administrativos/as abaixo do salário mínimo. A presidenta do Sintego expôs a difícil situação desses profissionais que tiveram todos os benefícios inclusos no vencimento inicial. A secretária demonstrou interesse em resolver esta situação injusta. 

Durante a audiência, a secretária Fátima Gavioli falou sobre a transferência da sede da Seduce do prédio atual, para o prédio do Instituto de Educação de Goiás, o IEG. Segundo ela, com essa medida, haverá uma economia de aproximadamente R$ 500 mil, verba que deve ser revertida para garantia do auxílio-alimentação. 

“Nós queremos a garantia dos nossos direitos, o pagamento do piso salarial, o auxílio-alimentação, o reajuste dos/as administrativos/as, as progressões, então se vai gerar economia, nós não temos nenhum motivo para sermos contra a transferência para o IEG. Creio que o IEG poderá servir ao propósito de ser a sede da Educação”, disse Bia de Lima.  

De acordo com a secretária, todo o dinheiro poupado com o aluguel do prédio da Seduce e de outras demandas, será investido na valorização dos profissionais da Educação, inclusiva para pagar o auxílio-alimentação. Gavioli afirmou ainda que a folha de pagamento do mês de janeiro já está pronta e pode começar a ser paga amanhã (18), ou no início da semana que vem. Segundo a secretária, os pagamentos serão efetuados dentro do mês trabalhado. 

Bia de Lima entende ser importante esta posição, porém não abre mão do pagamento de dezembro imediatamente, pois algumas pessoas não receberam o 13° salário. No entanto, esta negociação será realizada como governador. 

 

Uma nova audiência para aprofundar outros pontos da pauta deve ser marcada em breve.

 

O LADO DE CAIADO: 

 

Além de não apresentar uma solução, Caiado não está em sintonia com seus secretários, inclusive foi desmentido por sua superasecretária Cristiane Shmitdt, a mesma afirmou que não é bem como Caiado havia dito, segundo ela os pagamentos dos salários de Janeiro não serão pagos do dia 25 ao  28.01, ela diz que provavelmente começará dia 25.01 mas que quitará totalmente a folha apenas em 10.02. Agora a pergunta é, “Quem tem a palavra final nesse governo?”, Caiado ou seus secretários?

 

NOTA DA SECRETÁRIA PARA O G1

 

CRISTIANE SHMITDT

 

 

 

 

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